sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Rima Pra Poeta

Clipe com a música RIMA PRA POETA de Tino Freitas (Roedores de Livros) em homenagem ao Poeta Elias José. A música foi apresentada em encontro promovido pela Câmara Rio-Grandense do Livro durante a Feira do Livro de Porto Alegre (2008) que reuniu a família do Poeta, escritores, ilustradores, editores, livreiros, professores e outros admiradores de Elias José.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Presente


Érico Elias presenteando o ICEJ com dois de seus quadros, baseados no livro de seu pai: Cadê O Bicho, Cadê?


sábado, 14 de fevereiro de 2009

Onde a Poesia ou Elias José

* Por Ronald Claver

A poesia é um olho que vê
O que não se vê.

A poesia é um olhar de criança
Que desinventa as coisas feitas
E inventa as coisas não feitas

A poesia não diz, dizendo
E não dizendo diz quase tudo

De frágil textura, torna-se diamante
De neblinosa, torna-se transparente

A poesia é a linguagem do avesso.

A poesia está no olho poeta Elias
A poesia está no olhar do poeta José
A poesia do poeta reinventa rios
Nuvens e ventanias

A poesia do Elias José está
na plumagem dos mares
no voo das cachoeiras
na pele das tempestades
no barulho do silêncio
no avançar quase parado e no olhar de soslaio,
de lado dos peixes

está no ver do sol e no ver
do olho que tu vê
e não vê.

Onde a poesia? O poeta Elias?
É só abrir os olhos e ver
Tem tudo a ver com tudo
E com você.

*Ronald Claver - poeta de Belo Horizonte, muito amigo do Elias e da Silvinha e grande bebedor de cerveja.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Projeto Caixa Mágica de Surpresa


Até bem pouco tempo, a Literatura Infantil era considerada como um gênero secundário, e vista pelo adulto como algo pueril (nivelada ao brinquedo) ou útil (forma de entretenimento). A valorização da Literatura Infantil, como formadora de consciência dentro da vida cultural das sociedades, é bem recente.

Para investir na relação entre a interpretação do texto literário e a realidade, não há melhor sugestão do que obras infantis que abordem questões de nosso tempo e problemas universais, inerentes ao ser humano.

"Infantilizar" as crianças não cria cidadãos capazes de interferir na organização de uma sociedade mais consciente e democrática.

O Projeto Caixa Mágica de Surpresas foi criado com objetivo de levar os livros até as crianças que não tem tanto acesso a essa forma de prazer.

Os livros serão selecionados com muito carinho, dependendo da faixa etária em que as crianças estiverem.
Serão transportados através de caixas confeccionadas com ilustrações do livro “Caixa Mágica de Surpresa”, do escritor Elias José.
O ambiente de leitura será arrumado, de forma que as crianças se sintam confortáveis, com a colocação de tapetes, almofadas, muitas vezes ao ar livre.

Várias pessoas irão colaborar para que o projeto funcione com êxito, como as contadoras de histórias, algumas companhias de teatro e pessoas voluntárias da própria comunidade.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Quem foi Elias José?

Elias José nasceu em Santa Cruz da Prata, distrito do município de Guaranésia, Minas Gerais, em 25 de agosto de 1936. Viveu em Guaxupé/MG com sua esposa Silvinha e seus três filhos: Iara, Lívia e Érico. Além de escritor, Elias José foi professor de Literatura Brasileira e de Teoria da Literatura na Faculdade de Filosofia de Guaxupé (FAFIG), tendo atuado também como vice-diretor, diretor e coordenador do Departamento de Letras e como professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira na Escola Estadual Dr. Benedito Leite Ribeiro.

Começou a publicar em 1970, quando a Imprensa Oficial de Minas Gerais lançou "A Mal-Amada", uma surpreendente coleção de minicontos, com apoio de Murilo Rubião, que reunia contos publicados em suplementos literários do Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Portugal. Antes disso, já tinha conquistado o segundo lugar no Concurso José Lins do Rego da Livraria José Olympio Editora, em 1968. Depois publicou "O Tempo, Camila" e o "Inquieta Viagem ao Fundo do Poço", este, ganhou o prêmio Jabuti da Câmara Brasileira do Livro como Melhor Livro de Contos e, ainda, o prêmio Governador do Distrito Federal como Melhor Livro de Ficção de 1974.

Elias José tem contos e poemas traduzidos e publicados em revistas literárias e antologias de autores brasileiros no México, Argentina, Estados Unidos, Itália, Polônia, Nicarágua e Canadá. Foi, por várias vezes, selecionado pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) para representar o Brasil em feiras de livros internacionais. Foi ainda jurado de vários concursos literários, ministrou cursos, oficinas e palestras, participou de vários congressos de educação, lingüística e literatura.

Faleceu aos 72 anos, vítima de complicações de uma pneumonia, enquanto curtia férias com a família, em Guarujá, no litoral paulista, no dia 02 de agosto de 2008.