quinta-feira, 19 de novembro de 2009

ICEJ promoveu a apresentação de documentário sobre Marcos Noronha


Marcos Antonio Noronha
Por Edson Dias Leite
(Colunista do Jornal da Região (Guaxupé/MG)/artigo publicado em 04/12/2009)

Conheci Marcos Antonio Noronha na antiga FAFIG (Faculdade de Filosofia). Ele era o Diretor e eu trabalhava na Tesouraria. Era uma ótima pessoa: capaz, confiável, compreensivo e humano. Todos o admiravam e respeitavam, ainda mais por causa do seu passado recente, em que renunciara ao confortável cargo de Bispo da Igreja Católica por discordar de diretrizes da Organização. Minha mãe e meu pai o conheciam de longa data, pois eram católicos fiéis, e ele fora ordenado padre e consagrado bispo em Guaxupé. Apesar de ser natural de Areado, Guaxupé o tinha como um filho da terra e a população da cidade vibrava com a ascensão na carreira eclesiástica, isso numa época em que os feitos da espécie eram muito valorizados.

Eu não era religioso e as contestações típicas da juventude me mantinham afastados das atividades da fé. Por isso, tinha pouca informação sobre a vida do "Padre Marcos" ou do "Dom Marcos", as outras formas pelas quais ele também era chamado. Sabia um pouco sobre o Marcos, ou "O Diretor", e tal conhecimento bastava. Era suficiente para despertar respeito e admiração.

Na semana passada, assisti no Cine 14Bis à exibição do documentário "Em Nome do Povo", sobre a vida de Marcos Noronha. Confesso que fiquei admirado com o tamanho do personagem. Sabia, por alto, que Dom Marcos havia deixado a Igreja por se achar desiludido com o fracasso na implantação dos princípios do Concílio Vaticano II, do qual participou e era um entusiasta, mas desconhecia as dificuldades e perseguições que enfrentou por parte do regime militar e do conservadorismo sacerdotal.

Marcos e outros religiosos renovadores frequentaram as listas de vigiados políticos da ditadura. Por outro lado, boa parte do clero olhava com desconfiança a atuação desses pastores voltados para os pobres e humildes, que pregavam o reino dos céus, mas igualmente uma vida digna na terra. Sua atuação à frente da Diocese de Itabira seguia nessa linha e, por certo, contrariou interesses.

Vale a pena ver o filme. É simples, direto. Conta a vida de um homem íntegro, de princípios, através de imagens recuperadas e de entrevistas com parentes e amigos próximos. Vi outros depoimentos após a sessão de exibição do docuumentário. Foram declarações espontâneas, emocionadas, até divertidas, mostrando que ainda sabemos pouco sobre Marcos Noronha.

Não falei sobre ele, mas bem que poderia. Marcos foi meu padrinho de casamento, mais precisamente de minha esposa. Ela também trabalhava na FAFIG e quando o convidou, perguntou-lhe se aceitava ser testemunha, apesar de ela ser espírita. Marcos nem titubeou. Abriu um grande sorriso e, certo de que pairava acima das classificações e divisões humanas, disse que sim: "Com prazer. Fico muito feliz". Marcos Noronha era mesmo um espírito elevado.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

55º Feira do Livro - Porto Alegre (08/11)

Silvinha, diretora do ICEJ, aproveitou as maravilhas do Livro na simpática Feira do Livro de POA, especialmente neste encontro que teve com Tânia Martinelli, Daniela Ramalho e o "queridíssimo" Celso Sisto.

Conhecer a Chiquinha, famosa contadora de histórias de Viçosa, foi um prazer imensurável.